Há algum tempo a discussão sobre a % do biodiesel vem agitando o setor de logística, agora, o Conselho Nacional de Política Energética – CNPE chegou a uma decisão: 12% em abril chegando a 15% até 2026, portanto, haverá um aumento de 50% nos próximos anos.
E agora?
Como já era de se esperar, empresários do setor de transporte não gostaram nada da medida, pois o impacto ficará no bolso do transportador. Ainda não se sabe ao certo o tamanho deste impacto, mas a estimativa do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, é um aumento de 2 centavos no preço do diesel na bomba direto nos postos!
Olha o que ele falou:
“Fizemos estudos técnicos profundos para evitar que tivesse um impacto econômico muito grave no preço do diesel e, portanto, chegamos à conclusão que o número mais coerente é de 12%, o que não impacta praticamente nada. Um centavo a cada 1% do aumento da composição de biodiesel”.
A visão do setor
A ANFAVEA – Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, por exemplo, já havia se posicionado em nota conjunta com outras instituições, como a Fenabrave, NTC&Logística e a CNT (Confederação Nacional do Transporte), apontando que aumentar a mistura poderia prejudicar inclusive os motores mais antigos que estão em circulação.
Na prática
Do ponto de vista do desempenho dos motores, na verdade, não há com que se preocupar! A elevação do biodiesel em até 15% não traz prejuízos para os motores dos caminhões e existem estudos da própria ANFAVEA dando segurança para este aumento do biodiesel levando em consideração a balança técnica e comercial, por exemplo.
Então, fica a pergunta:
Quanto vai sair do bolso de quem transporta pelas estradas do Brasil e quem pagará essa conta?
Fique por dentro:
O biodiesel é um combustível renovável que pode ser produzido a partir de fontes como óleo de soja, gordura animal e óleo de palma, entre outros. Ao misturá-lo com o diesel convencional, criamos um novo combustível mais sustentável, com menor emissão de poluentes e maior eficiência energética.
Mas como essa mistura se comporta nos motores?
Bem, a boa notícia é que a maioria dos motores a diesel pode usar uma mistura de biodiesel sem a necessidade de modificações.
Na verdade, a mistura de até 10% de biodiesel no diesel convencional (conhecida como B5) é permitida no Brasil e em outros países.
No entanto, é importante lembrar que a mistura de biodiesel pode afetar algumas propriedades do diesel, como sua viscosidade e ponto de fulgor. Isso pode causar problemas em alguns motores mais antigos ou em condições climáticas extremas, como baixas temperaturas.
Por isso, é sempre importante verificar as especificações do fabricante do veículo e do combustível antes de usar uma mistura de biodiesel. E, é claro, escolher um fornecedor de combustível confiável que atenda aos padrões de qualidade e segurança.